é a tília ateada dentro da pedra (violino)
o perfume dos dedais por usar
como se fossem palavras
à espera do florescimento da pele (harpa)
é uma levíssima hesitação das mãos
em torno de um nome:
algo que se diz
como um rosto no estendal do vento (lira)
não é o branco,
é a cartografia do esquecimento
o que as roupas ocultam sobre a pele (piano)
é por isso que é preciso cantar
como se se falasse com casas vivas
quando nos faltam as palavras (voz)
é por isso que sempre ponho o dedal no dedo
diante dos violinos (poema)
como se entendesse
o motivo porque a raiz da pedra
abdica da do idoma das flores
e o vento fermentado na têmpora (poesia)
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
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