I
já não se pode escrever poemas
para alegrar a vindima dos homens (?)
que de olhos abertos já não se vê(em)
que é imprecisa toda a sombra (da rosa)
que a mão ama através
das dunas cercadas
pela luz do mar
II
já não se pode, diz-se
(nem escrever para se calar)
olhar de frente o silêncio
(nem calar-se para dizer)
e diz-se apenas
que é a tarefa dos homens
não saber não saber
compreender
aquilo que não pode ser
compreendido
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