domingo, 18 de janeiro de 2009

ravel, quarteto de cordas II

um corpo que se dirige, fulminante,
sem membros,
para o branco

entre o estertor de um gesto
outra rosa subitamente se levanta
pousada sobre o ombro
e expe-
lida pelo movimento

o que o verbo confirma

depois é a inanidade da mão,
a leveza que insufla nas coisas
até tudo ser lume

rosa arqueada entre os pregos
cravados dentro do mármore

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