dizia a profecia que a mulher haveria
de soprar na pedra até que as jóias
entrassem em flor entre os joelhos
que,
haveria de soprar na têmpora do amante, até
que ele se fendesse pelos joelhos,
e que
deus haveria habitaria a febre inteira
da carne
e o jejum dos frutos
e dos rios
no pranto dos nenúfares e dos amantes,
rente à sede dos/de arames dos braços teus,
o poema cumpre a promessa e os desígnios
dos ritos, cumpre
a mulher e a veia,
iluminada de janelas de janelas até ao pescoço
carne que sonha,
as mãos desse deus oficiando um início exilante, no
fulcro imóvel do solstício, quando os frutos
renunciam à eternidade e lavam
e levam os ventres das mães ao cume
das estrelas, pétalas longe:
os estilhaços da profecia, sementes de mão de deus
quando se inunda pelo pulso, pela boca
que haveria de habilitar a terra, a terra
à fecundação do plasma, à inevitabilidade da
artéria irrigando as casas, e o círculo do oráculo
elipse de deus, que se oculta nas evidências
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