acender os nomes
por dentro
do seu caudal de cores
e arestas de espanto
procurar o mais alto olvido
promover o lento amadurecimento
dos frutos
dar fontes às rosas, ou
dar rosas às fontes ou pássaros
ensinar o sangue
a percorrer os veios da sede e
a amar a volúpia
do aço rente à tangente do lábio
parar. observar o sangue parado.
(no sono das aves. suster a respiração)
nas artérias e os dedos sondando/sonhando
nas varandas do verão
a amarela loucura das magnólias ou dos lírios
dardos ávidos dos/nos poentes
na debandada das glicínias
acender a pedra. modelar.
o sonho da criança aberta
aos aguaceiros e aos equinócios cantantes;
a loucura dos meridianos em flor
lascar. o sangue.
pétala a pétala
e, saber-se
de mármore nas quedas obtusas do espanto
ir. com os rios, desaguar nas clarabóias
da cabeça envidraçada da mulher, onde
a vela ilumina a roxa sagacidade da veia acendendo
o tumulto dos nomes por dentro, onde
o olhar de deus/ser comprime
as evidências
e realiza os oblíquos trabalhos
da visão
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
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