oito mulheres e meia, o nome alto
da minha morte
vendo
as crianças atadas às raízes das ilhas
e as mulheres lascando a têmpora na dobra dos espelhos
habilitando os caudais da engrenagem da(s) veia(s)
(des)obstruindo-lhes os veios dos meandros
que lhes ligam o nome à morte que lhes pertence
vejo a mulher navegando as sombras e colocar-se de pé
num ápice e desenhar sobre a brancura uma elipse de sal, se
quatro papoilas depois se abre a irreparável cesura
à leveza que o canto tece:
a barroca comoção da minha morte: o perímetro
da cintura de oito mulheres e meia-rosa
que é a têmpora dilacerada pelos aguaceiros sob os girassóis
depois, as margens litúrgicas dos rios quebrarão
os derradeiros selos, e estilhaçar-se-me-ão as dádivas
ascendendo aos deleites apaixonantes:
limpa apologia solsticial da cor púrpura do pulso
assim aprendo a estimar ardentemente
a inevitabilidade de tudo
o que não posso nomear
ah, as mãos, a centrífuga cerâmica das imagens,
as minhas oito mulheres e meia-rosa
as minhas oito mortes e meia,
sem nome
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário